6 de abril de 2009

Atropofagia do Encontro

O tempo passou rapidamente... crescemos, como os rios que são uma pequena nascente corremos ao encontro do mar. O encontro das águas é um pedacinho de mim, desde "pequena" passaram pessoas e momentos que contribuíram para o que me tornei, essa é minha melhor lembrança. Sabe, quando abro um livro e leio atentamente um poema me recordo dos tantos que já dissemos, escutamos e escrevemos e consigo encontrar em cada verso um pedaço do que fomos e do que somos. Fernando,Carlos, Ferreira, Cecília, Mário... são tantos que nos deram o alimento da alma que não podemos esquecer de tudo que nos tocou, à eles um agradecimento mais que especial pois quantas vezes ultilizamos de suas palavras para expressar o nosso sentimento. Mas como diz nossa eterna fonte "os livros não foram feitos para ficar em plateleiras enpoeiras", olhemos o mundo sempre que pudermos com o olhar poético. Aos meus eternos amigos, não digo adeus, pois estaremos sempre juntos seja pela força do pensamento e em corpo presente. Somente a antropofagia nos une, continuo me alimento do melhor de vocês!!! Eis que a nascente carega agora outras águas nasce o PÉ DE POESIA!! "Da mais alta janela da minha casa / com um lenço branco digo adeus/ aos meus versos que partem para a humanidade./ E não estou alegre nem triste. / Este é o destino dos versos./ Escrevi-os e devo mostrá-los a todos / porque não posso fazer o contrário/ como a flor não pode esconder a cor, / nem o rio esconder que corre,/ nem a árvore esconder que dá fruto.// (...) Quem sabe quem os lerá? / Quem sabe a que mãos irão? (...) Ide, ide de mim! / Passa a árvore e fica dispersa a Natureza./ Murcha a flor e o seu pó dura sempre../ Corre o rio e entra no mar e a sua água é sempre a que foi sua. / Passo e fico , como o Universo. " Fernando Pessoa

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